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Fabiano Millani Cassarotti

Filho de uma aspirante a freira e de um alcoólatra em recuperação, paulista de nascimento e gaúcho de coração, via nos contrastes da vida, traços para criar a sua visão de realidade.

 

Quando pequeno, seus pais iam para cidade e deixavam Millani e seus dois irmãos na biblioteca. Na época, ele não sabia ler, então ficava o tempo todo olhando figuras, fotos e desenhos, era isso que o encantava. Em casa costumava desenhar super heróis em papel cartolina e papelão, eram assim, seus bonecos para brincar.

 

Anos mais tarde, na mesma biblioteca, começou a frequentar um curso de desenho e logo sentiu que isso não seria apenas uma diversão ou passatempo, Millani queria desenhar a vida toda.

 

Passava seus dias entre folhas e lápis, logo vendeu seu primeiro desenho, na época por 1 dólar e o seu maior desejo foi comprar um bloco com 20 folhas.

 

Depois de 1 ano, o professor parou o curso e Millani continuou as aulas, mas desta vez, como professor.

 

Em seguida Millani se tornou pai,  de uma menina chamada Sabrina, foi uma enorme alegria e junto uma preocupação na mesma proporção, sem condições financeiras, recebia ajuda de seus pais para a criação de sua filha.

 

Aos 20 anos, Millani foi para a cidade de São Paulo para viver de arte, onde teria mais oportunidades e um maior retorno financeiro. Foram longos tempos desenhando e praticando, mas sem o retorno que precisava, e depois de 6 meses, recebeu uma proposta de emprego, não para continuar desenhando, mas sim para voltar a sua cidade e família.

 

Millani sentia um vazio e acabou saindo do emprego. Passou anos largando empregos formais para apostar nas pinturas e por anos isso não deu certo. Chegou um momento em que ele abandonou tudo e lutou pela arte. E foi a partir desse momento que tudo começou a fluir, porque não existia nenhuma outra possibilidade, a não ser pintar.

 

Nos primeiros pedidos de quadros, não tinha dinheiro para comprar o material, então pedia metade do valor antecipado para poder fazer a pintura. Para economizar, as entregas eram realizadas de moto táxi e Millani ia junto levando o quadro com um medo enorme de estragar toda a pintura.

 

No início, havia uma cliente que encomendava um quadro por mês, isso o incentivou para abrir seu primeiro atelier de desenho e pintura. Logo já eram mais de 60 alunos.

 

Depois vieram os workshops em outras cidades, outros estados e em vários locais do mundo, foram diversos países e milhares de alunos em aulas presenciais, workshops e videoaulas.

 

Seu lema é “Seguimos somando arte”

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